quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Teoria das janelas partidas

Ilmo.Sr. Paulo Mustrangi, Prefeito de Petrópolis, Exmos Edis e Secretários.

O pequeno texto abaixo reflete muito bem a realidade de nosso município.

Boa leitura.

Paulo Cardozo - Cidadão
"Quem faz Petrópolis somos nós"

http://www.paulocardozo.com.br/







TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS


Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou dois automóveis abandonados na via pública; dois automóveis idênticos, da mesma marca, modelo e até cor. Um deixado no Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York e o outro em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia.

Dois automóveis idênticos, abandonados em dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada lugar.

Resultou que o automóvel abandonado no Bronx começou a ser vandalizado em poucas horas. Perdeu as janelas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, o automóvel abandonado em Palo Alto manteve-se intacto.

É comum atribuir à pobreza as causas de delito. Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí, quando o automóvel abandonado no Bronx já estava desfeito e o de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto.

O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o do Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso?

Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem a ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

Um vidro partido num automóvel abandonado transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como que vale tudo. Cada novo ataque que o automóvel sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Em experiências posteriores (James Q.. Wilson e George Kelling), desenvolveram a 'Teoria das Janelas Partidas', a mesma que de um ponto de vista criminalístico, conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores.

Se se quebra um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o conserta, muito rapidamente estarão quebrados todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

Se se cometem 'pequenas faltas' (estacionar-se em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são punidas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor aos gangs), estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delinquentes.

A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: graffitis deteriorando o lugar, sujeira das estacões, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno delito, conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.

Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, o prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de 'Tolerância Zero'.

A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana.

O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

A expressão 'Tolerância Zero' soa como uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança.

Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepotência da polícia. De fato, a respeito dos abusos de autoridade deve também aplicar-se a tolerância zero.

Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.

Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

Cuidado com demonstrações públicas de carinho, incluindo seus entes queridos.

Prezados,

Um simples abraço ou um beijo em seu filho pode ter resultados desastrosos, como ocorreu em São João da Boa Vista, no estado de SP.

http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/07/18/pai-filho-sao-confundidos-com-casal-gay-agredidos-por-grupo-em-sao-joao-da-boa-vista-sp-924936932.asp

http://eptv.globo.com/noticias/NOT,3,31,359290,Sao+joao+boa+vista+vitima+confundida+gay+fala+de+agressao.aspx

Estamos nos tornando um país de primeiro mundo? Onde abraçar um filho é demonstração de homo sexualidade, elogiar a beleza de uma criança é pedofilia, chamar o colega calvo de careca é bullying. Se for assim prefiro continuar no terceiro, onde você sabe que seu colega é gay e mesmo assim continua a chamá-lo para jogar bola, beijar seu filho e chama todos os seus colegas pelo apelido.
Há poucos anos íamos aos bailes conquistar uma namorada. Atualmente o que os jovens fazem? Devem ficar bebendo e batendo papo com os amigos, porque o receio de abordar uma moça e ser acusado e processado por assédio é uma constante. Em breve andar de mãos dadas com sua esposa, beijar na boca vai ser atentado ao pudor.
Nos mesmos moldes das paradas do orgulho GLBT, onde os homo sexuais reivindicam seus direitos, teremos em breve, que criar as paradas do orgulho H? Onde os heterossexuais também terão que reivindicar os seus de volta. Abraçar o filho, o pai, beijar os filhos, esposa, namorada, andar de mãos dadas. Quero ter o direito de demonstrar carinho e respeito pelos meus entes queridos sem receio de ser agredido ou processado.
Esse assunto virou vulgaridade, como tudo nesse país.

Atenciosamente.

Paulo Cardozo - Cidadão
"Quem faz Petrópolis somos nós"

sábado, 16 de julho de 2011

Disque entulho.

Ilmo.Sr. Anderson Juliano, Diretor-Presidente da COMDEP.

No último dia 11, entrei em contato com a COMDEP pelo "Atendimento On-line COMDEP", fui prontamente atendido, atendente identificado por CCS, se não me falha a memória.
No atendimento, solicitei a retirada de 17 sacos de lixo verde, recebi a informação que a COMDEP entraria em contato pelo meu telefone residencial em até 48 horas, para agendar a retirada.
Hoje já tem mais de 96 horas e não recebi a ligação, sábado o telefone do Disque entulho não atende.
Gostaria de solicitar a retirada dos sacos, ou pelo menos que o agendamento fosse realizado conforme combinado pelo atendimento online.

Atenciosamente.

Paulo Cardozo - Cidadão
"Quem faz Petrópolis somos nós"

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Estacionamento irregular





Ilmo. Sr. Diretor presidente da CPTrans.

Já deixou de ser moda, agora virou necessidade, a ocupação de faixas de rua para evitar o estacionamento irregular. Na rodoviária do Bingen não podia ser diferente.

Atenciosamente.

Paulo Cardozo - Cidadão
"Quem faz Petrópolis somos nós"

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Petrópolis é um município do Estado do Rio de Janeiro?

Exmo.Sr. Sergio Cabral, Governador do Estado do Rio de Janeiro.

Petrópolis é um município do Estado do Rio de Janeiro? Ou é só um ponto no mapa? Reduto eleitoral? Ou feudo para coleta de impostos? Se o é não parece.
Na maioria dos Municípios vizinhos já não é mais cobrada taxa de interurbano na telefonia para a capital, Petrópolis ficou de fora, porque?
Em algumas escolas da cidade, diretoras já estão de férias e professores dizem para os alunos que se não quiserem ir à aula nos últimos dias, não terão problemas, pois não haverá matéria. Pode isso?
Somando a tudo isso ainda continuamos com a vergonha no transporte coletivo, literalmente um total descaso do poder público.
Para deixar a situação ainda mais constrangedora, comparando a nossa cidade com alguns municípios vizinhos, utilizando as distâncias percorridas por alguns coletivos entre o RJ e esses municípios, Seropédica 70km, Maricá 50 Km, Tanguá 65 Km, nesses municípios pode-se utilizar o Bilhete Único, pagando-se R$4,40 e, se a viagem for inferior a duas (2) horas ainda pode-se utilizar a integração.
Petrópolis fica a 65 Km (dados de 2004) com a retirada da rodoviária do Centro essa distância se reduziu para uns 55 Km, tem um contingente de mais de 3000 pessoas que diariamente se locomovem para o RJ e não possui esse benefício, paga-se R$17,00 e não existe integração, é obrigado a pagar mais R$2,50 para entrar na cidade, armação do governo que retirou a rodoviária do Centro sem fazer a integração. O valor do transporte é superior a um salário mínimo para quem mora em Petrópolis e se locomove para o RJ todos os dias.

http://www.riobilheteunico.rj.gov.br/

https://www.cartaoriocard.com.br/scrpub/geral/bilhete_unico.jsp

Gostaria de saber por que essa discrepância e discriminação com o petropolitano, ele também vota e paga impostos, e é natural do Estado do Rio de Janeiro.

Atenciosamente.

Paulo Cardozo - Cidadão
"Quem faz Petrópolis somos nós"

Em Petrópolis o legal é ser inadimplente.



Ilmo.Sr. Paulo Mustrangi, Prefeito de Petrópolis.

Todos os anos às vésperas de anos eleitorais, os Prefeitos enviam a Câmara municipal projeto de anistia para as dívidas com o município, para ser votado em caráter de urgênica. Este ano não está sendo diferente, como pode ser visto no anexo, é manchete em nossos jornais.
Se PAGO TODO o meu IPTU com 30 dias de ANTECEDÊNCIA tenho 10% de desconto, se pago com 15 dias de ANTECEDÊNCIA tenho 7% de desconto, senão pago o valor total em 12 parcelas.
Se NÃO PAGO o meu IPTU por 4 anos ou mais, posso ter até NOVENTA PORCENTO (90%) de desconto e ou podendo PARCELAR em até SESSENTA (60) vezes.
Então vale a pena ser inadimplente? Você tem um desconto maior, um parcelamento maior, e tudo isso com o aval dos nossos Vereadores, provávelmente se o projeto não for aprovado o resposta vem nas urnas no ano seguinte.
Projetos para cultura, educação, saúde, transporte não saem ou demoram uma eternidade para serem votados mas, para beneficiar o inadimplente é imediato.
Em Petrópolis vale a pena ser inadimplente, só tem vantagens.

Plagiando, "Isso é uma vergonha".

Atenciosamente

Paulo Cardozo - Cidadão
"Quem faz Petrópolis somos nós"