quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Três mil petropolitanos ficaram sem acesso à capital do Estado

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Transtornos para passageiros de ônibus

Por causa dos alagamentos no Rio, alguns motoristas preferiram mudar a rota e seguiram pela Linha Vermelha e Avenida Presidente Vargas, evitando o Binário para fugir dos alagamentos no Centro do Rio e os engarrafamentos, para chegar à capital. Por isso, quem conseguiu chegar precisou ter paciência. Alguns passageiros ficaram por até quatro horas dentro dos ônibus, antes que a viação responsável pela linha interrompesse a venda das passagens.

Paulo Cardozo, membro do Grupo PAX que reúne usuários de transporte coletivo intermunicipal, mora em Petrópolis e trabalha em uma empresa no Rio. Ele embarcou às 6h10 e chegou ao serviço com 1h30 de atraso.

- Só cheguei porque o motorista resolveu dar a volta e não passar pelo Binário. Quando chegamos à rodoviária (Leonel Brizola) já tínhamos a notícia dos problemas no Rio, então quando o motorista perguntou se podia mudar a rota todos os passageiros concordaram. Mas foi uma viagem muito tensa, ficamos cerca de uma hora parados, estava muito trânsito. Muita gente nem conseguiu chegar ao trabalho. No meu setor, por exemplo, duas pessoas de Petrópolis não conseguiram chegar – disse ele, lembrando que sua viagem foi mais rápida do que a de quem embargou nas linhas seguintes, mais tarde.

Quem não teve a mesma sorte foi a estudante Mayara Hemmings, de 22 anos. Ela tinha uma prova no Rio, mas acabou perdendo por causa dos transtornos causados pela chuva no Rio.

- Não deu pra eu ir. Minha mãe estava no Rio a trabalho e voltou, mas ficou quatro horas no trânsito – disse.

A jornalista Renata Maia também foi prejudicada por causa dos alagamentos no Rio. Ela embarcou no ônibus em Petrópolis às 7h. Às 10h, o coletivo ainda estava na atura do Caxias Shopping. O veículo acabou retornando para Petrópolis.

- Até o horário que eu saí, todas as linhas estavam descendo a Serra. No nosso caso, eu fui lá na frente e perguntei aos passageiros se todos topavam voltar, e ainda tivemos que convencer três pessoas. O grande problema era que não sabíamos como iríamos subir, chegamos a descer do ônibus na (rodovia) Washington Luis, pois o motorista só poderia voltar se todos concordassem. Nós fizemos isso, pois era a nossa última chance, estávamos no último retorno da Washington Luis. Depois todos concordaram – ressaltou.

Muitos passageiros também usaram as redes sociais para reclamar do problema e contar o que passaram. No Facebook do Diário, por exemplo, o leitor Rafael Magalhães conta que embarcou na linha que faz Petrópolis-Castelo às 5h05 e conseguiu chegar à Candelária às 6h45.

- O motorista seguiu pela Linha Vermelha, Gasômetro, Francisco Bicalho e Presidente Vargas. Não foi pelo Binário por causa do engarrafamento – explicou. 

Outra leitora, Naty Vëck, informou que demorou quatro horas para chegar à Ilha do Fundão. Em dias comuns, ela explicou que leva em média 1h30 no percurso.

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