terça-feira, 18 de março de 2008

Manifestação com queima de multas na Praça da Liberdade.



Protesto contra multas de radares reúne locadores de máquinas de karaokê

Motoristas queimaram multas de radares como forma de protestar contra a instalação dos equipamentos.



O protesto reuniu motoristas multados, moradores do Quitandinha e locadores de máqunas de karaokê.


O que era para ser um protesto contra as multas aplicadas pelos radares acabou se transformando numa manifestação englobando desde os terminais de transbordo até as obras de restauração do Centro Histórico. Locadores de máquinas de videokê, que estão proibidos de alugar o equipamento para bares do município, também aproveitaram a ocasião para pedir que o Código de Posturas encontre uma brecha na lei para que possam voltar às atividades. A manifestação aconteceu na Praça da Liberdade, na tarde de domingo, mesmo dia em que Petrópolis comemorava 165 anos de fundação. Antes, porém, os populares fizeram 30 segundos de silêncio pela morte do médico Rubens de Castro Bomtempo, ex-prefeito e pai do atual prefeito do município.
Mais de 50 pessoas se reuniram no local, onde motoristas que receberam multas aplicadas pelos radares queimaram o documento como forma de protestar contra a instalação dos equipamentos. “O objetivo é mostrar que não estamos satisfeitos com uma série de coisas que vêm ocorrendo na cidade”, disse o advogado Fabiano Rodrigues Quixaba, de 28 anos, idealizador e organizador do protesto, opinando que a frase Petrópolis, é bom viver aqui não está de acordo com a situação do município.
O movimento Eu Amo o Quitandinha participou da manifestação, mais uma vez questionando a construção do Transbordo de Quitandinha. O evento também serviu de palco para políticos. As faixas de Paulo Pires, sugerindo que os petropolitanos não paguem as multas, foram expostos. O vereador Márcio Muniz e o deputado estadual Átila Nunes acompanharam toda a manifestação. “Vejo como demonstração de democracia. Uma forma de mostrar a indignação sem nenhum tipo de violência. Além disso, vamos aproveitar para convocar o povo para comparecer à Câmara Municipal no dia da votação da criação da Agência Reguladora e tentar impedir mais esse absurdo”, disse o vereador. Já Átila Nunes disse que o protesto se trata de um autêntico movimento popular. “Não existe nenhum tipo de influência partidária”, ressaltou.

Críticas contra a Agência Reguladora


O protesto falou ainda sobre a criação da agência reguladora, construção do mercado na Rua Treze de Maio, as obras de restauração do Centro Histórico e sobre os radares e multas que acreditam ser indevidas. A instalação dos transbordos e o transporte, assim como as mudanças constantes dos pontos de ônibus e o trânsito caótico da cidade, também foram expostos como motivo de indignação dos petropolitanos. O advogado Márcio Tesch, presidente do Instituto Nacional de Defesa do Cidadão Consumidor (Indeccon), foi outro que marcou presença e discursou sobre os atuais problemas do município.
Segundo o advogado Fabiano Rodrigues Quixaba, a idéia da manifestação começou a partir da autorização do Iphan para a construção de um mercado na Rua 13 de Maio. “Na ocasião, os petropolitanos já não estavam satisfeitos com as coisas absurdas que ainda estão acontecendo”, disse Fabiano, salientando que, por isso, o manifesto não se resumiu apenas à queimação de multas. “Abrimos espaço para expor todos os tipos de indignação”.
Representantes de empresas de aluguel de máquinas de videokê explicaram que foram convocados a retirar todos os equipamentos dos bares do município. O motivo seria o volume do aparelho, que incomoda moradores dos arredores desses estabelecimentos. “Estamos de acordo com manter o volume das máquinas abaixo dos 55 decibéis, mas o Código de Posturas não autoriza, sob a alegação de que a profissão de locador de videokê não existe. Nossa expectativa é de que a Prefeitura encontre um gancho na lei e nos deixe voltar a trabalhar”, disse um dos representantes dos locadores.

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