quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tragédia, descaso anunciado

Ilmos.Srs.

Novamente Petrópolis voltou a ser manchete dos principais jornais do país, para variar apresentando as desgraças causadas pelas chuvas.
A cada período das chuvas temos tragédias, inundações, desabamentos, mortes, prejuízos, aluguel social, obras emergências, visitas de todo tipo de entidades e governantes. Divulgam-se invasões, construções irregulares, os cofres públicos recebem uma fortuna para atendimentos das vítimas e obras. Isso é cíclico, porque no próximo período de chuvas tudo se repete.
Isso parece uma ação militar, para atingir seu objetivo, perdas são consideradas. Para receber verba emergencial do governo a vida de alguns cidadãos durante uma tragédia é aceitável.
Se o desabamento é de um barraco ou de uma casa de classe média é invasão. E quando é uma mansão?
O cara limpa um terreno, constrói numa área perigosa, o vizinho denuncia, vem a igreja, ONG, entidade disso e daquilo defendendo os direitos humanos, a empresa de energia instala o relógio. Vinte anos depois, aquele terreno já faz parte de uma comunidade, vem uma chuva torrencial derruba metade das construções matando meia dúzia de inocentes. De quem é a culpa? Do invasor, do governo que não o removeu, das instituições que o defenderam, da empresa que colocou a luz ou do vizinho que não insistiu na denúncia?
Enquanto não houver ações e fiscalizações firmes a atuantes, para controle de desmatamentos e construções irregulares, seguida de uma política habitacional eficiente, só temos que esperar mais 365 dias para que a reprise do filme “Chuvas em Petrópolis” volte a ser cartaz no cinema catástrofe nacional.

Atenciosamente.

Paulo Cardozo - Cidadão
"Quem faz Petrópolis somos nós"

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