Morte no novo terminal rodoviário de Petrópolis

Bom dia,

Senhores, é tanta minha indignação com a situação esdruxula que temos visto a cada dia em Petrópolis que sinceramente da vontade de cometer uma loucura, e fazer como os "marginais" fazem no RJ, quebra quebra, atear fogo em onibus, é errado, é, é crime, é, mas que da resultado dá né.
Hoje lendo a matéria no jornal sobre o infeliz incidente, que terminou vitimando um cidadão, ai é que eu fiquei mais revoltado.
Já foi exposto diversas vezes, por diversos orgãos, que a nova rodoviária não foi implantada com toda a infra-estrutura necessária para seu perfeito funcionamento, e desde a divulgação que seria colocada em funcionamento só gerou polêmica e revolta, mas não vamos repetir tudo que já é mais do que de conhecido.
O que me revoltou desta vez foi a declaração dada pelo gerente da rodoviária a Sr. Afrânio Carvalho Bahia, quando afirma que o pátio é dimensionado para atender a todas as baias, pelo amor de Deus Sr. Afrânio, aquele estacionamento e pátio de manobras de coletivos, é totalmente fora do contexto de uma estação de transbordo, já é fato que por diversas vezes coletivos ficam parados na pista por não ter lugar para encostar, fora os diversos pequenos acidentes, um exemplo cade e guarita com as cancelas, se ela ainda existesse com certeza o falecido podia estar dormindo na beira de rua que nada lhe teria acontecido.
Quando comenta sobre a sinalização, esta que nunca existiu, o gerente diz que apesar de se tratar de uma área não destinada à circulação de pedestres, antes daquela merda ser construida, ali era passagem de pedestres, principalmente moradores do Contorno que se dirigiam as escolas e aos locais de trabalho no Capela e Manoel Torres. A Sinart pretende se reunir com representantes da CPTrans para discutir medidas que possam restringir o acesso de pessoas ao local, de modo a evitar novos acidentes, isso quer dizer que vão obrigar o sofrido morador daquela área a ter que pegar um onibus, pagando por ele é claro, onerando ainda mais sua situação financeira do morador que já é caótica na maioria dos casos.
O gerente diz que considera o ocorrido uma fatalidade. "Lamentamos muito o que
aconteceu, mas não conseguimos entender até agora o que a pessoa fazia naquele
local, uma via de serviço, destinada apenas à passagem de veículos", fatalidade que poderia ter sido evitada se os onibus não precisassem manobrar para sair do terminal, se tivesse calçada para o pedestre, fiscais controlando as manobras, lembrando que as pessoas já andavam ali antes mesmo da rodoviária ser projetada,
volto a repetir, querem obrigar a todo morador de Petrópolis a depender das ridículas e monopolistas empresas de transportes urbanos de Petrópolis, que já
estão rindo a toa com todo o lucro que passaram a ter com essa obra.
Em vez de lamentar, trate de sentar com os usuários, levante os problemas, garanto que não são poucos, e resolva-os, não fique tapando o sol com a peneira tentando adivinhar o que pode ter ocorrido, vamos pensar no que pode ocorrer e impedir que o mesmo venha a ocorrer.

Paulo cardozo - Cidadão revoltado.
"Quem faz Petrópolis somos nós"