quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Inea embarga obra que era feita na margem do rio

Fiscais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) embargaram na tarde de terça-feira as obras de reforma em um imóvel localizado às margens do Rio Piabanha, em Pedro do Rio. As intervenções foram denunciadas pela equipe da Tribuna que esteve no local na última segunda-feira. De acordo com a assessoria de comunicação do Inea, o responsável pela construção terá que apresentar documentação referente à obra e, enquanto isso, não será permitido nenhum tipo de intervenção. Caso o proprietário não cumpra a determinação do órgão e dê continuidade à reforma, multas poderão ser aplicadas.
O imóvel localizado na esquina da Rua Vereador Carlos Canedo, próximo à ponte, existe há mais de 15 anos e é alugado pelo vereador Oswaldo do Valle (Vadinho). O local abriga o escritório do parlamentar há mais de 10 anos. Vadinho alega que a construção não é irregular e ressalta que não está jogando entulho dentro do rio e nem realizando ampliações. Porém, mesmo sendo antiga, a construção é irregular, pois está no leito do rio, desrespeitando a lei ambiental que proíbe construções a menos de 30 metros. Além de construir nos limites da faixa marginal, toda a estrutura e até os andaimes da obra estão praticamente dentro do Piabanha.
O que também chama a atenção é o fato da construção ter sido permitida e nunca ter sido embargada. A equipe de reportagem da Tribuna questionou a Prefeitura sobre a irregularidade do imóvel, que, em nota, informou que “técnicos do Inea (por ser na margem do rio) que estão atuando na região vão tomar as providências em relação a esse caso”. O vereador Vadinho também foi procurado pela nossa equipe de reportagem, mas alegou “estar acamado e impossibilitado de falar sobre o assunto”.

Les Partisans

Ele tem razão I
O Instituto Civis concorda com o vereador Vadinho! Há mais de 10 anos um imóvel – construído praticamente dentro do rio – lá em Pedro do Rio – abriga o gabinete comunitário do vereador. Ele é alugado.

Ele tem razão II
“Assim sendo, deveria ser punido o órgão – no caso a Secretaria de Obras – que autorizou a construção daquela aberração. Neste caso, o vereador está apenas reformando o imóvel”, diz Mauro Corrêa, presidente do Civis

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