Ilmos. Srs, Representantes do poder público e empresários de transporte coletivo do Município de Petrópolis.
Foi com resignação que hoje li a matéria publicada na mídia que uma passageira caiu em um buraco no assoalho de um coletivo. Ela é seu filho de apenas 48 dias sofreram ferimentos sérios, poderia ter sido um acidente fatal.
A vida, condição física e mental dos petropolitanos que utilizam o transporte coletivo urbano não tem a menor expressão? Pessoas estão se ferindo, morrendo e só lemos que multas foram aplicadas, que não são pagas é claro. Que a empresa simplesmente conserta o ônibus e coloca de volta em circulação, até outra pessoa sair machucada ou morta. O Setranspetro diz que as empresas não estão omissas quanto à manutenção, e todos os dias temos carros quebrados e acidentes. Manutenção corretiva sempre, preventiva não existe.
Um pai de família sofre um acidente ou vem a falecer e os responsáveis simplesmente custeiam o tratamento ou o funeral, simples assim. A vida humana se resume a pagar as despesas.
Será que vamos ter que voltar a idade da pedra, olho por olho, dente por dente. Se meu filho cair em um buraco dentro do ônibus e quebrar uma perna, irei a um escritório ou gabinete e vou quebrar a perna de quem deveria ter tomado às providencias para que isso não ocorresse. Pago as despesas médicas do meu filho e a pessoa a sua, isso seria justo? Ai a empresa pode consertar o ônibus e colocar de novo na rua, o Setranspetro pode vir à imprensa e cuspir outro monte de asneiras e a vida segue, até outro pai de família tomar a mesma iniciativa.
Pelo que estamos vendo em breve voltaremos a ter aqui na cidade a lei de quem saca mais rápido, quem atira mais rápido é a lei.
É com repúdio que vejo esse descaso do poder público e das empresas de transporte coletivos com o cidadão, se não tem capacidade de assumir o compromisso entreguem as chaves, assumir a derrota não é vergonha é sinal de responsabilidade e respeito.
Atenciosamente.
Paulo Cardozo - Cidadão
"Quem faz Petrópolis somos nós"
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