Serviço de transporte executivo em Petrópolis

Ilmo.Sr. Orlindo Pozzato, Presidente da CPTrans.

Quem ou qual é o orgão que regulamenta e fiscaliza a utilização dos micro onibus, chamados “executivos”, oferecido pelas empresas de transporte coletivo de Petrópolis? Pelo que vejo não é a CPTrans.
A primeira questão é o termo “executivo”, esse seria para identificar um diferencial no serviço, visto que, o valor da tarifa é superior ao coletivo comum, e ainda sendo aplicado o golpe do “preço promocional” para poder ter margem para manipular a tarifa, em Petrópolis com raras exceções os “executivos” oferecem ar-condicionado e som ambiente, na sua maioria são sómente carros menores, iguais ou em pior estado que os coletivos comuns.
Segundo é que o “executivo” deveria ser um complemento ao serviço comum, inclusive não podendo transportar passageiros em pé. A carroceria não foi projetada para esse fim, tanto que não dispõe dos acessórios e muito menos espaço esse fim, abuso esse que aumenta os problemas mecânicos, desconforto e riscos de acidentes.
Terceiro, as empresas por não serem fiscalizadas nos serviços “executivos” e terem maior tarifa, oferecem maior quantidade de horários, o que “força” os usuários que necessitam cumprir horários os utilizarem. Uma da maiores provas dessa má fé de induzir o seu uso, o EMBARQUE é feito na área de DESEMBARQUE na rodoviária do Bingen, e no Centro o ponto é estratégicamente colocado na porta de entrada da Rua Tereza, até porque ninguém vai querer ir até a ERIL arrastando várias bolsas.
Vamos a alguns flagrantes:
Foto 266 – Transportando passageiros em pé;
Foto 267- O adesivo mostra que a lotação é sómente para passageiros sentados, e o adesivo com a jogada da tarifa promocional.
Foto 268 – A suspensão arriada e o pneu prensado mostrando excesso de peso.
Foto 269 – Carro sómente com vagas em pé e aceitando passageiros.
Foto 270 – Passageiros em pé na altura da roleta.
Foto 274 – Fila enorme na Aureliano Coutinho, entrada da Rua Tereza.
Esses fatos vem se repetindo e cada vez com mais frequencia desde a inauguração da rodoviária do Bingen, a CPTrans durante esse período nada fez para coibir esses abusos ou exigir a contrapartida, que seria o serviço de coletivos comum atendendo satisfatóriamente a população.
Na gestão anterior, o então Presidente da CPTrans afirmou que o “executivo” era um serviço extra, com base nessa premissa, concluo que o serviço de onibus “executivo” passa a se enquadrar no padrão de transporte alternativo que não foi aprovado pela Câmara Municipal de Petrópolis.
Sou contra as vans por vários fatores o principal é a segurança. Vemos nos noticiários os inúmeros acidentes com vítimas fatais por causa dos abusos, o envolvimento com milícias e marginais, não quero isso em minha cidade.
Espero que com posse dessas informações a CPTrans, tome as devidas providência para que o serviço de transporte coletivo de Petrópolis atenda a população e que esse serviço “executivo” seja regulamentado e fiscalizado,não sómente fonte de lucro para as empresas.

Atenciosamente.

Paulo Cardozo - Cidadão "Quem faz Petrópolis somos nós"